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Aqui voce vai encontrar matérias bem interessantes sobre YOGA, MEDITAÇÃO, ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, ESTUDO DE VEDANTA, SISTEMA TERAPEUTICO AYURVÉDICO E QUÂNTICO, em mídia escrita, fotos e vídeo.

Espero que traga LUZ e possa ser útil para todos !!!

NAMASTÊ !!!

Paulo Roberto

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O QUE É UM SATSANG

O Satsanga
Gloria Arieira

Satsanga é ficar em companhia de pessoas que possuem o conhecimento claro de sua própria natureza absoluta, ou daquelas que buscam esse mesmo conhecimento. Sanga significa associação, sat significa a verdade, tanto a nível relativo, como falar o que é correto, como a verdade absoluta revelada nos Vedas.
O momento do encontro do professor com alunos pode ser acompanhado de conversas na forma de perguntas/respostas ou canções devocionais cantadas em conjunto. Esses momentos são importantes fontes de inspiração para os que valorizam o conhecimento de si mesmo e desejam viver suas vidas dedicados à aquisição do autoconhecimento. Através da elucidação de dúvidas, colocadas pela própria pessoa e por outros, nasce maior clareza de entendimento. O ambiente informal e até mesmo alegre e fraterno, diferente da seriedade da sala de aula, oferece um apoio às pessoas alí reunidas que têm para si o mesmo objetivo.


Esses encontros podem acontecer uma ou mais vezes por semana, porém, o melhor satsanga não é um encontro semanal, mas os momentos diários em companhia de valores universais, como a verdade e a não-violência, e da consciência do dharma, do papel a ser cumprido por cada um, a escolha adequada das suas ações.


Conviver todos os dias com pessoas que querem descobrir em si mesmas os valores que conduzem ao conhecimento (chamados jñána, conhecimento, no capítulo XIII da Bhagavad Gítá), que desejam escutar, refletir e meditar sobre o Átman, o Ser Imutável, é o satsanga ideal.
Este convívio é a inspiração, o estímulo e auxílio para a aquisição do autoconhecimento, para encontrar meios para antahkaranasuddhih, a preparação da mente, e jñánanistha, a clareza e firmeza do conhecimento.


Além de conviver constantemente com outros que também desejam o Absoluto, melhor ainda é o contato direto com pessoas que vivem a realização do Átmabrahman, pessoas cujas vidas são o próprio exemplo da plenitude do conhecimento.
Nosso grande mestre de Vedanta, Sri Adi Shankaracarya, diz no seu conhecido texto Bhaja-Govindam:

Satsangatve Nissangatvam
Nissangatve Nirmohatvam
Nirmohatve Niscalatattvam
Niscalatattve Jivanmuktah

Na companhia daqueles que buscam a Verdade, nasce o desapego. Com o desapego, a ilusão se vai. Quando a ilusão se vai, a Realidade Imutável torna-se clara. Com o conhecimento da Realidade Imutável, o indivíduo torna-se liberado ainda em vida.


Satsanga, a associação com pessoas que desejam o Sat, o Real, o Ilimitado, conduz a nissanga, a ausência da necessidade de estar sempre em companhia de pessoas e dependendo da presença dos objetos. A ausência dessa necessidade nasce da análise, do questionamento, que é viveka, que tem como conseqüência vairagya, o desapego natural e gradual, isto é, a ausência da ilusão e a presença da clareza mental para apreciar o seu verdadeiro Ser. Essa compreensão resolve a pergunta original do ser humano: quem sou eu? Para onde caminho? Respondendo a essas questões, a pessoa está liberada do sofrimento de se ver limitada e dependente de pessoas e objetos para preencher constantemente suas lacunas, num processo sem fim de insatisfação e desejo de vir a ser diferente.
O satsanga é o primeiro movimento para a busca de si mesmo.

FONTE

http://www.vidyamandir.org.br

domingo, 9 de janeiro de 2011

VAMOS APRENDER A RESPIRAR MELHOR E SER FELIZ

Entre as várias técnicas da ioga, os exercícios respiratórios (Pránayáma)
parecem ser os que exercem maior influência nos estados de humor,
justamente pela notória relação das emoções com a respiração.
A regulação respiratória depende de uma série de mecanismos
involuntários, podendo ser realizada sem a interferência do controle
voluntário. Assim, as características da respiração se ajustam de acordo
com as emoções. Entretanto, é possível alterar voluntariamente seu
ritmo, frequência e profundidade.

As técnicas respiratórias orientam justamente esse controle
voluntário, exercendo influência em mecanismos involuntários que
regulam a respiração e o sistema cardiovascular, podendo modular
a interação entre sistema nervoso simpático e parassimpático e,
consequentemente, o eixo HPA.

Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo com a finalidade
de inibir o sistema simpático e estimular o sistema parassimpático.
Com a prática dos exercícios propostos pela ioga, os
quimiorreceptores sensíveis à elevação de CO2, localizados no
centro respiratório do cérebro (no tronco cerebral), começam a
responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que
o indivíduo consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a
frequência cardíaca. As técnicas têm como finalidade prolongar a
expiração e valorizar a retenção de ar.

Esse princípio conduz a um treinamento tão forte do SNA que
ocorre um aumento das variações da frequência cardíaca, mesmo quando
o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório involuntário
é profundamente alterado.

Essas pesquisas talvez expliquem por que os praticantes de ioga são menos
propensos a desenvolver transtornos de ansiedade e de humor e respondem melhor às alterações emocionais negativas.

Respiração e ritmo influenciam estados de humor

sábado, 8 de janeiro de 2011

CRIAR BONS HÁBITOS E DESTRUIR MAUS HÁBITOS - PARAMAHANSA YOGANANDA






A mente pode lhe dizer que você é incapaz de libertar-se de um hábito em especial, mas os hábitos são apenas repetições de seus próprios pensamentos, e, esses, você tem a capacidade de mudar. A maioria das pessoas que decide parar de fumar ou de comer doces em demasia continua a realizar tais atos, malgrado seu. Elas não mudam, porque as suas mentes, como esponjas, absorveram os seus hábitos de pensar. Hábito significa que a mente acredita não poder se livrar de determinado pensamento. O hábito é tenaz, sem dúvida. Uma vez praticado, um ato deixa um efeito ou impressão na sua consciência. Como resultado dessa influência, você tem probabilidade de repetir esse ato.

A repetição de um ato cria uma configuração mental. Todas as ações são executadas mental e fisicamente.

A repetição de um ato em particular e da imagem mental que o acompanha forma sutis caminhos elétricos no cérebro fí¬sico, como se fossem as ranhuras de um disco fonográfico. Após algum tempo, sempre que você puser a agulha da atenção nessas ranhuras de caminhos elétricos, ela toca o disco da configuração mental original. Cada vez que o ato se repete, essas ranhuras de trajetos elétricos se aprofundam, até que uma atenção mí¬nima faz tocar, automaticamente, esse mesmo ato, cada vez mais.

Esses padrões fazem com que você se comporte de certo modo, frequentemente contra sua própria vontade. Sua vida segue ranhuras que você mesmo criou em seu cérebro. Nesse sentido, você não é uma pessoa livre. Em maior ou menor grau, é ví¬tima dos hábitos que formou. Dependendo da profundidade desses traçados, você é, na mesma proporção, um fantoche. Você pode, porém, neutralizar as imposições desses maus hábitos. Como? Criando em seu cérebro configurações mentais de bons hábitos opostos. E pode também apagar completamente, por meio da meditação, as ranhuras dos maus hábitos.

Você tem de curar-se dos maus hábitos, cauterizando-os com os bons hábitos opostos. Se tem, por exemplo, o mau hábito de mentir, e, por causa disso, tem perdido muitos amigos, comece a praticar o bom hábito de dizer a verdade. Mesmo um mau hábito leva tempo para predominar; logo, por que se impacientar com o desenvolvimento vagoroso de bom hábito oposto?

Não se desespere com os seus hábitos indesejáveis; simplesmente deixe de alimentá-los e fortalecê-los por meio da repetição. O tempo necessário à formação de hábitos varia de acordo com o cérebro e o sistema nervoso do indiví¬duo, sendo determinado, principalmente, pela qualidade da atenção.

Suponha, ainda, que o seu problema é tomar-se pela ira frequentemente e, depois, sentir-se culpado por ter perdido a calma. Todas as noites e manhãs, decida evitar a ira, vigiando-se cuidadosamente. O primeiro dia poderá ser difí¬cil, mas o segundo poderá ser um pouco mais fácil. O terceiro será ainda mais fácil. Depois de alguns dias, você verá que a vitória é possí¬vel. Ao fim de um ano, se mantiver o seu esforço, você será outra pessoa.

Por meio da concentração e da força de vontade, você pode apagar até mesmo as ranhuras profundas dos hábitos antigos. Se é viciado em fumar, por exemplo, diga a você mesmo: “Por muito tempo o hábito de fumar tem estado alojado em meu cérebro. Agora eu ponho toda a minha atenção e concentração no meu cérebro e quero que esse hábito seja desalojado”. Comande assim a sua mente, repetidas vezes. A melhor hora do dia para se fazer isso é pela manhã, quando a força de vontade e a atenção estão descansadas. Afirme repetidamente sua liberdade, usando todo o vigor da sua força de vontade. Um dia, de repente, você sentirá que já não está preso na armadilha desse hábito.

Quando quiser criar um bom hábito ou destruir um mau hábito, concentre-se nas células cerebrais, o depósito dos mecanismos dos hábitos.

Para criar um bom hábito, medite, e, então, com a concentração fixada no centro crístico, o centro da vontade entre as sobrancelhas, afirme com profundidade o bom hábito que você quer implantar. Quando você quiser destruir um mau hábito, concentre-se no centro crí¬stico e afirme, com profundidade, que todas as ranhuras dos maus hábitos estão sendo apagadas.

Texto extraí­do das páginas 108 a 113 do livro Onde Existe Luz, de Paramahansa Yogananda.