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Paulo Roberto

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mudrás – breve definição

Pronuncia-se sempre com “a” tônico.

Entre tantas possíveis traduções a palavra mudrá pode ser entendida como:

mud –, encanto, magia, satisfação, alegria

rati –, dar, doar, suscitar

Literalmente pode traduzir-se como “aquilo que outorga encanto, força ou poder”. Em algumas obras pode ser encontrado incorretamente traduzido como símbolo, porém, embora alguns mudrás sejam simbólicos, existe outro termo (yantra) para designar os símbolos em si.

Mudrá é um termo que tem diversas conotações de acordo com o seu uso, significando gesto no yoga, budismo e na dança indiana, a participação feminina em cerimônias do rito maithuna do tantra[i], um dos cinco ingredientes do ritual “panca-tattva”, os enormes brincos usados pela ordem kámphata (veteranos do hatha yoga), um determinado tipo de cereal tostado, ao qual se atribui efeito afrodisíaco e determinadas posturas psicofísicas (ásanas) do hatha yoga, (as mais conhecidos são: mahamudrá (grande símbolo), vajrolímudrá (símbolo adamantino) e viparítakaranímudrá (símbolo de ação invertida), ou bandhas (contrações de plexos e órgãos). No tantra figura também em rituais ricos em simbolismo e de gesticulação intensa.

Na Índia essa prática teve origem provavelmente com a classe sacerdotal védica, mas foi vastamente elaborada no período tantra mais ou menos por volta do primeiro milênio da era cristã.

São técnicas apontadas pelos shástras[ii] como importantes para o despertar da kundaliní[iii]. Vejamos o que o hatha yoga pradípiká diz:

Assim, deve-se praticar com empenho os diversos mudrás a fim de despertar a poderosa deusa kundaliní que dorme fechando a porta de acesso ao Absoluto (sushumná nádí).

Os mudrás na tradição tântrica estão intimamente relacionados ao plano metafísico, ao registro akáshico, o espaço suprafísico onde se encontra armazenado todo o conhecimento prévio e futuro da humanidade. Sua utilização busca realizar determinados estados de consciência através da simbologia e das mensagens contidas em gestos arquetípicos[iv] que atuam de forma reflexa e por associação neurológica.

Os mudrás influenciam a forma como percebemos a energia vital aumentando seu caudal e canalizando-o para potencializar o estado geral de saúde, expandindo as percepções, disciplinando a mente e aprofundando o estado de meditação.

Determinados mudrás podem desencadear processos fisiológicos e mentais capazes de influenciar ativamente a prática, como por exemplo, o jnánamudrá que produz estados psicofísicos que facilitam a prática de concentração e meditação: o ritmo respiratório, a freqüência cardíaca e as ondas mentais se acalmam. Do ponto de vista energético, os mudrás são capazes de colocar a consciência testemunha em um plano de não-ação permitindo o direcionamento da energia gerada através da prática de pránáyámas, ásanas ou dhyána de forma automática possibilitando uma observação passiva sem atuação – o que aumenta a intensidade da percepção dos fenômenos sutis. Isso acontece pois os resultados que os mudrás intentam trazer, já se encontram no registro akáshico, sendo necessário ao praticante portanto, somente saber a forma correta de acessá-los fazendo com que funcionem como chaves de acesso.

[i] Tradição esotérica grandemente ramificada e complexa de origem indiana. Pouco ou quase nada ter a ver com termos como “sexo tântrico” e posições sexuais acrobáticas. Sua origem data de por volta do ano 500 da era cristã, porém alguns estudiosos afirmam ser muito mais antigo, tendo sugestões de sua manifestação a cerca de 5 mil anos a.C. Influenciou grandemente quase todas as outras escolas do conhecimento indiano, especialmente o budismo e o vedanta. Apresenta-se como uma nova era de ensinamento especialmente talhado para a época atual por contém uma visão íntegra e saudável da vida. O hatha yoga e todas as sua variações derivam do período tantra.

[ii] “Ensinamento manual” – Um conjunto de conhecimento sobre um assunto específico reunidos em um livro. Os livros que versam sobre o yoga são assim chamados de “yoga-shastras”.

[iii] Energia basal do ser humano que permanece “adormecida”no centro psicoenergético mais baixo do corpo. Seu despertar é o objetico central do tantra e do hatha yoga.

[iv] Arquétipo, na psicologia analítica, significa a forma imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar. C.G.Jung usou o termo para se referir aos modelos inatos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique.

Eles são as tendências estruturais invisíveis dos símbolos. Os arquétipos criam imagens ou visões que correspondem a alguns aspectos da situação consciente. Jung deduz que as “imagens primordiais”, um outro nome para arquétipos, se originam de uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações. Funcionam como centros autônomos que tendem a produzir, em cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências. Eles se encontram isolados uns dos outros, embora possam se interpenetrar e se misturar.

VER GALERIA DE MUDRÁS EM http://healing.about.com/od/east/ig/Mudra-Gallery/

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